domingo, 21 de novembro de 2010

"As ruas que eu amo": Paris ao rés do chão (3)


     Você já imaginou qual a sensação de andar por uma rua em Paris? Quais seriam os sentidos que mais aflorariam nesse passeio a céu aberto numa das cidades mais lindas do mundo? O que você encontraria? Qual cantinho inusitado traria sensações ímpares...Enfim, o que faz você realmente gostar de Paris? Não são as ruas?



Parte do imaginário sobre as ruas de Paris é contruído por fragmentos imagéticos..são as fotos que vemos há tempos que nos fazem sonhar com aquelas ruas..então...acho que as fotografias são peças importantes na construção da imagem que temos de Paris...não é mesmo?
Logo que eu começei a ver aquelas fotos lindas de Paris..eu pensei num texto em que Giorgio Agamben fala da fotografia...
No seu livro intitulado "Profanações"..Agamben escreveu um belíssimo texto chamado “Dia do Juízo”...bem..e ele fala algo mais ou menos assim..que as fotografias representam, de algum modo, o lugar do Juízo Universal..
Não é uma questão de tema, certamente...as fotos podem ser banais..cotidianas...podem mostrar um rosto ordinário, uma vitrine, um objeto...mas de qualquer forma..diz Agamben... “o que aparece”..aquela vitrine de uma loja de Paris..o passeio das mulheres numa elegante rua de Nova York, etc..tudo isso..é convocado à aparecer no dia do Juizo Final....
E as descrições de Agamben sobre o "Anjo da Fotografia" são excelentes..lembra um pouco Walter Benjamin falando do "Anjo da História" (ou seja, pirando na batatinha falando de um quadro  de Paul Klee)
(Angelus Novus- Paul Klee)

Achei essa idéia muito interessante..afinal uma fotografia capta um determinado instante da sua vida..e nesse gesto capturado pela lente fotográfica ...cada homem ou mulher, fica entregue para sempre no seu gesto mais intimo e cotidiano.

O gesto..graças à fotografia, vem carregado com o peso de uma vida inteira..e eu gosto muito da idéia de Agamben, de que a maneira que aquela vida, aquela pessoa, foi colhida e apreendida...capturada pela lente de uma maquina fotográfica é assim que ela é convocada a aparecer no dia do Juízo Final..
Há ai uma relação secreta entre o gesto e a fotografica..O gesto é a capacidade de condensar numa ùnica atitude o peso de todo uma vida...e a fotografia é aquilo que fixa irrevogavelmente aquele gesto, o gesto encontra na fotografia seu locus..sua hora típica..

O que você pensaria então se esse único gesto capturado por uma lente fotográfica..seria a forma com que você se apresentaria no dia do Juizo Final..seria aquele que você repetiria por toda a eternidade..estaria preso à este gesto?


Quando eu penso nisso..eu lembro de uma fotografia do próprio Daguére...é conhecido o famoso daguerótipo que Daguerre tinha no Boulevard du Temple...

Um dia..posicionando a sua engenhoca da janela de seu estúdio..Daguerre disparou uma chapa...em horário de pico...
A fotografia deveria estar cheia de gente..carroças, afinal..era um lugar movimentado..
Mas os aparelhos como o de Daguerre necessitavam que a pessoa ficasse imóvel por um bom tempo para poder capturar a sua imagem...
Assim..o aparelho de Daguerre não captura nada daquela imensa massa em movimento de pessoas, veículos e animais transitando pelo Boulevard du Temple..a unica coisa que ele registra é uma pequena silhueta na parte esquerda da foto..
Trata-se de um homem engraxando o sapato..com o pé erguido, apoiado sobre a caixa do engraxate......ele foi o único que passou tempo suficiente para ser capturado pela lente fotográfica..
Então penso novamente na ironia dessa idéia de que a fotografia captura o gesto mais cotidiano e o convoca para se apresentar no dia do Juizo Final...nessa fotografia de Daguèrre..o que é convocado é o gesto de fazer-se engraxar os sapatos..!!!

Há..mas não é so assim...pense numa foto linda tirada por Robert Doisneau..chamado Le Baiser du Hotel de Ville ..(o Beijo do Hotel de Ville)...em que Doisneau flagra dois namorados..tascando um “beijo de cinema” em meio à agitação da rua.......lindo né?

Mas a fotografia que eu mais gosto..é uma de Dondero..que registrou um momento de descontração dos autores da Nouvelle Romain numa ruazinha em frente à Editions du Minuit..(nessa fotografia aparecem da dir. para esq. -- Alain Robbe-Grillet, Claude Simon, Claude Mauriac, Jérôme Lindon, Robert Pinget, Samuel Beckett, Nathalie Sarraute, Claude Ollier )

Bem...eu falo de fotografías porque de certa maneira..o título de Doisneau "Paris por acaso"... define bem o que eu quero te falar aqui...
As fotos mostram as ruas em seus momentos transitórios e cotidianos..o beijo na rua, o engraxar dos sapatos, o voo dos pombos....etc
É uma espécie de flanerie fotográfica...andando ao léu..capturando a cidade ao rés do chão..fotografando sem meta...tudo “o que aparece”...


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Bem..você pode não capturar esses pequenos gestos banais e efêmeros com tanta beleza como Dondero, Doisneau ou La Capa...mas..eu sempre disse né? Alguns dos meus momentos mais surpreendentes em Paris não foi dentro de um museu, restaurante, edifício, biblioteca ou teatro..foi andando pelas ruas..sem plano definido...conhecendo Paris ao rés do chão...como que ouvindo os segredos que as ruas guardam baixinho..para quem se aventura entre elas......
Então eu digo isso porque para você conhecer as ruas de Paris..você deve utilizar o verbo que eles inventaram: e não simplesmente andar pelas ruas....mas "flanar"
Em Paris, não é dificil de se apaixonar pelas ruas...elas tem um sabor especial..um tom, algo se passa...cada uma tem um charme e uma beleza própria, uma personalidade....eu já falei de várias delas aqui..a rue Charlot, a rue Bretagne, a rue Norvins, a rua Lepic, a rua Mouffetard, a rue des Rosiers...guardo a memória delas com muito carinho..das emoções que vivi em cada uma delas.....
Eu fui à Paris especialmente para conhecer duas ruas, que tiveram significado especial para mim...
E foi isso que pesou na hora de decidir optar por viajar sozinho...e não em grupo ou em excursão.....tinha lugares que faziam sentido lá apenas para mim...Em primeiro lugar..eu queria conhecer os grandes hospitais de Paris (Salpetrière, Bicêtre, Hotel Dieu, Charenton)....e em segundo lugar..eu queria porque queria..conhecer as ruas onde moraram...respectivamente, Foucault e Deleuze...


Não sei se para você..simplesmente pelo fato de andar numa rua..teria tanta emoção..mas para mim teve..teve um significado todo especial....é como se eu finalmente conseguisse encontrar aqueles lugares em que viveram pessoas que foram tão importantes para mim...então, de certa forma..visitar uma rua não é algo banal...mas é um ponto marcante em toda sua formação..
então para mim..visitar alguns lugares de Paris era praticamente uma perigrinação....tinha um significado quase religioso...
Mas se você acha que uma rua é só isso, leia por exemplo Vida e Morte nas Grandes Cidades Americanas..de Jane Jacobs..
Inspirando nisso..decidi escrever um post..simplesmente sobre ruas e seus moradores..vamos ver se você gosta. Eu fiz isso com o mesmo carinho de João do Rio, que amava as ruas do Rio de Janeiro...e percorreu varias delas..destrinchando-as....descobrindo sua "índole":


Mas..."je suis desolé."..essa tarefa não é tão fácil como parece...


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Veja um cara como Maurice Blanchot..que influenciou todo uma geração de pensadores (Foucault, Deleuze, Derrida, Agamben, Jean-Luc Nancy, Zourabichvili, etc)....como é que vai achar onde ele morou??????
Um cara muito..mas muuuuuuuuuito reservado.... que não lecionou em nenhuma universidade, não dava palestras, nem participava de colóquios..mas escreveu livros que ninguem duvida do tamanho da fodisse... pagam pau: O Espaço Literário, A Parte do Fogo, O Livro Por Vir, A Conversa Infinita, A Escrita do Desatre, O Instante da Morte.....ele que junto com Bataille e Klossoski eram considerados escritores da experiência limite, da transgressão...
mas era alguém  que que mal gostava de tirar foto..(eu me lembro que quando ele morreu em 2003..os jornais do mundo inteiro se fuderam pra achar uma foto dele..tinha uma bem antiga..e a outra de um velho andando na rua que pode não ser ele...tanto faz)

(Maurice Blanchot flagrado na rua)
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É meio como flagrar Dalton Trevisan fazendo compra no Mercadorama da Rua XV:

(Dalton Trevisan e sua "mítica" sacolinha do Mercadorama)
Então ...você acha que vão descobrir onde ele morou??
E oque dizer de caras que estão "fora da casinha"..literalmente..
Veja casos como o de Artaud e Sade..que passaram mais tempo internados em hospícios do que em uma casa decente que possa ser chamada de "Lar"....





Mas alguns desses redutos eu encontrei............posso dizer que..certamente..de todas as experiências que eu vivi em Paris..ver Paris através das ruas foi a melhor das minhas experiências..
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As ruas e seus moradores: 10 ruas para conhecer em Paris

1. Rue de Vaugirard, 285: [ residência de Michel Foucault] Bem...vou começar pela que teve mais importância para mim..a Rue de Vaugirard...no número 285 dessa rua..você vai ver um grande apartamento....onde morou Michel Foucault.....se você também gostasse pra caralho do "carequinha" e você estivesse em Paris..você também não ia querer ir lá ver???





E eu sempre achei muito bonitas aquelas fotos de Foucault (sem viadagem, sério!)..em seu apartamentão na rue de Vaugirard..sossegadão, entre aquelas pilhas de livros..lembra um pouco aquele título do livro de Maurice Blanchot:: Foucault tel quel je l´imagine (Foucault como o imagino). Deleuze gostava de dizer que os grandes caras são como "correntes de ar"..que quando eles entram em um ambiente, pela sua própria presença, parece que tudo muda...e Foucault era um desses caras fodões, capazes de fazer isso..

Também era esse o endereço oficial do G.I.P... (Groupe d'Information sur les Prisions)...da turminha que gostava de falar no megafone e te entregar panfletinhos...


E o Manifesto do G.I.P...lido na capela Saint Bernard de Montparnasse em 08 de fevereiro de 1971..por ocasião do término da greve de fome dos militantes da Esquerda Proletária..termina desse jeito: "Todos os que quiserem informar, ser informados ou participar do trabalho podem escrever ao GIP: rue Vaugirard 285, Paris -XV"


A primeira vez que eu estive lá..era de noite..perto das 1o horas da noite..eu tinha acabado de visitar o Café Deux Maggots e o Café de Flore em Saint Germain..




Mas eu voltei lá uma segunda vez ..para ver o lugar de dia....
E é nesse apartamento que morou Foucault..no último andar da Rue de Vaugirard, 285














2. Rue de Bizerte, s.n.: [ residência de Gilles Deleuze]
O segundo lugar importante para mim...foi uma ruazinha perdida no 17 arrondissement..proximo ao Boulevard de Clichy...foi nessa rua que morou Gilles Deleuze....

Deleuze fala muito dela em algumas notas sobre "I de Infância" (na verdade no francês é a letra "E de Enfant" )no seu Abecedaire..um documentário de André Boutang para a Tv Montparnassse onde Claire Parnet entrevista Deleuze..elaborando um questionário de A à Z...são horas de entrevistas..que seriam publicadas após sua morte.....(Deleuze autorizou que fosse publicado ainda em vida..)


(Deleuze com seu chapéu e as unhas encravadas)

Bem..o que Deleuze fala da rue de Bizerte? É um bairro pobre...operário, ali perto morou Paul Verlaine..

"quando eu voltei para Paris, já mais velho, fui para a fronteira do 17º distrito, que é mais proletário, na R. Nollet e R. Toussaint. Perto da casa onde morou Verlaine, que também não era rico. Foi mesmo uma queda. Dentro de alguns anos, não sei onde estarei. Mas não deve melhorar em nada." (E de Enfant - L'Abecedaire)



e foi exatamente isso que eu vi..
Lá você não vai ver ninguém indo atrás do Deleuze..nenhuma placa indicando se ele morou ali...é uma rua bem escondidinha...mocada...de menos de 50 metros..entre a Rue Noillet e a Rue Truffault.



Mas foi na rue de Bizerte.(não se sabe qual apartamento) ...que ele se suicidou em 1995.....é uma ruazinha bem tristinha..






Deleuze sempre foi um cara que vivia "pesteado"...já teve épocas que ele funcionava só com metade do pulmão..e volta e meia ele tinha que tirar umas férias forçadas em Saint Léonard de Noblat..onde o ar puro fazia bem pros pulmões....

(Deleuze em Saint Léonard de Noblat)


(em 1995..uma das suas últimas fotos públicas)

(cemitério de Saint Léonard de Noblat) Obs: se um dia você for ai nesta cidadezinha procurar o túmulo de Deleuze não procure pelo sobre nome "Deleuze"..mas "Grandjouan" (que era o sobrenome da família de Fanny Deleuze, sua esposa)



Foi sempre esses problemas de saúde que o atrapalharam em vários momentos de sua vida..
Mas acho que Deleuze estava puto nos ultimos tempos.. a morte de Felix Guattari..alguns anos antes já o entristecera....os amigos diziam que ele repetia as idéias..ficava repetindo elas para si..para não esquecê-las....e queixava-se que o trabalho lhe ocupava grande parte do tempo não conseguindo se dedicar à leituras novas...a traqueostomia fez com que ele praticamente vivesse plugado à um aparelho para poder respirar...e no dia 04 de Novembro de 1995...Deleuze se soltou do aparelho que o prendia..e lançou-se pela janela.. ..veja..se um dia você ler um texto dele chamado "Imanência...uma vida" vai sentir que esse texto tem algo de testamentário..e eu me emociono sempre de ver uma espécie de vitalismo em Deleuze..exatamente nas horas em que a morte rondava por ali...



Não sei se você sabe..mas Deleuze deveria ser uma figura..ele usava uma jaqueta de "operário"...(zoavam dele dizendo que era como o corpete plissado de Greta Garbo) e umas unhas horrozosas..gigantescas..meio tortas..encravadas....(ele se explicava dizendo que tinha uma hipersensibilidade na ponta dos dedos..que o levava a proteger-se daquela maneira)..Mas sobretudo..o que parecia ser mais marcante em Deleuze..era a sua voz suave, baixinha...meio rouca..........era uma espécie de Sprechsang..dizia ele.."canto falado"..
Para mim..o que mais me marcou foi aquela foto de Deleuze parado..em frente ao espelho....



Naquele dia, andando pela Rue de Bizerte..eu o imaginava..pegando a Rue Nollet..dobrando a esquina da sua casa..aquelas ruas super-estreitas de um distrito operário..ele andando vagarosamente..com seu chapéu e sua jaqueta de operário..as unhas compridas no bolso...


3. Rue Truffault, 10: [Residência de Paul Verlaine]

Eu fiquei frustrado pque fui na rue de Bizerte e não encontrei a casa de Deleuze..mas eu sabia que Verlaine morou ali perto..então fui andando pela rua..e não é dificil achar a casa onde morou..e pque????
Por que exatamente na porta do prédio da Rue Truffault, 10..você vai ver uma plaquinha..."aqui morou Verlaine"....(bem que eu imaginei que ele estava morando perto de Pigalle)





4. Rue Lepic,54: [residência de Van Gogh]
Indo para Montmartre..bem na ruazinha do lado do Moulin Rouge..a Rue Lepic...no número 54 você vai ver o prédio onde morou Van Gogh e seu irmão...Theo...que se achava o "empresário"..os dois fudidos iam vender os seus quadros (do Vincentão, é claro) na Place du Tertre...mas as vezes não tinham dinheiro nem pra comprar uma beterraba...






5. Rue Gabrielle, 49: [residência de Pablo Picasso]
Bem na parte alta da colina de Montmartre..perto do ateliê Le Bateau Lavoir..você vai ver a rue Gabrielle..no número 54 era a residência de Picasso...



Eu  adoro aquela foto do Dondero, com Picasso olhando da janela de seu estúdio em Paris.








6. Rue de Rouchefoucault, 33: [residência de Auguste Renoir]:
Da Place Pigalle..pegue a rue Jean Baptiste Pigalle...e ande em direção ao Museu Gustave Moureau.....no caminho você vai achar a rue de Rouchefoucault..no número 33..morou Renoir...











7. Rue du Cardinal Lemoigne, 74: [ residência de Ernest Hemingway]
Na região do Quartier Latin perto da Ecole Politechnique..você vai encontrar a rue du Cardinal Lemoigne..foi ali que morou Ernest Hemingway....Olha..é é por isso que ele escreveu que "Paris é uma festa"..o lugar onde ele morou é muito bacana...

E ele sempre escrevendo num caderninho em cima de uma mesa tosca..não parece que dali ia sair algo que prestasse...



8. Rue du Cardinal Lemoigne, 71: [residência de James Joyce]
Perto da casa de Hemingway...na mesma rua..no número 71...você vai encontra um portãozão verd..lá foi onde morou James Joyce.... tem uma plaquinha dizendo que foi ali que ele escreveu "Ulysses".... 09. Rue Rollin, 14: [residência de René Descartes] quando você estiver caminhando pelo Quartier Latin..depois da Rue Mouffetard em direção ao Jardins des Plantes..você vai encontrar aquelas escadarias....


Nesta rua..bem perto..no número 14..morou Descartes.....




10. Place des Vosgues, 6: [ residência de Victor Hugo]
Na simpatacíssima Place des Vosgues procure naqueles casarões de tijolos vermelhos..o número 6...ali viveu Victor Hugo..


A Maison de Victor Hugo é aberta ao público...







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5 comentários:

Jutilde de Medeiros disse...

Maurício adorei seus posts. Li tudinho...tudinho...guardei no meu favoritos para reler. Muito obrigado. Tenho uma paixão pela França desde os 18 anos. Estou com 65 e meu sonho ainda não se concretizou...mas vai se concretizar...se Deus quiser. Agora aposentada, tenho condições, alugando meu apartamento, passar pelo menos 1 ano em Paris, ou perto. Um amigo, pintor, que já ganhou alguns prêmios por lá me indicou Chartres, perto de Paris. Vim procurar na internet e achei você. Tenho também uma lista de lugares e ruas que quero visitar. Achei muito interessante a forma que você usou para fazer seu roteiro, exatamente o que eu tinha pensado,associar a viagem, pessoas que curto, com a história, os lugares, muito criativo. Adorei, parabéns .

Maurício Ouyama disse...

Oi Jutilde, muito obrigado por ler o post e fazer sua contribuição. Seu depoimento me emocionou muito pois carrega a energia e a esperança do viajante, aquele que se põe em movimento... Quando viajamos estamos sempre em busca de uma cor, uma brisa, um lugar. E eu gosto muito da serie de esculturas de Bruno Catalano sobre o viajante, que mostra bem esse sentimento de sempre estar com uma parte faltando: quando partimos, vamos cheios de esperança, em busca de algo que nos toca; quando voltamos, deixamos sempre uma parte de si atrás.. espero que concretize seus sonhos, boa sorte e boa viagem! :D

Salete Gomes disse...

Gostei muiiiiiitttoooo!!!!!!!!!! Vou a Paris em Outubro e foi um achado seu blog...em meio a tantos que tenho lido, tem um caráter bem pessoal e isso me fez parar para dizer " Obrigada por partilhar seu jeito especial de enxergar o lugar aonde está". Valeu!!!!

Maurício Ouyama disse...

Muito obrigado, embora tenha escrito esse texto há alguns anos, ainda tenho na memória aquelas ruas que conheci.

Unknown disse...

Tal como você , meu esporte favorito é seguir os passos deles. Chamo de arqueologia do flanar. Várias fotos suas têm duplicata na minha caixa de memórias. Estou escrevendo sobre Foulcault e ver seu site foi como conversar com um velho e bom amigo.

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